quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Encurtando distâncias...

A cada dia que passa, o mundo fica menor.
Em uma certa idade, o mundo encolhe até sumir.
Então só podemos enxergar o mundo dos outros.




sábado, 26 de novembro de 2011

Escrever nem sempre é como o planejado

Estou em dúvida sobre o que fazer com minha próxima história. Não gosto de séries, prefiro um livro que comece, desenvolva e termine a história sozinho, PORÉM em O homem sem signo eu não escrevi nem 1/6 da história e seguindo a formatação, já está chegando nas 50 páginas.


Quando comecei, tinha a história montada na cabeça, e pretendia estender a no máximo 150 páginas, terminando ela. Mas pelo andar da carruagem, ou o livro vai ter suas 300 páginas, ou vou ter que dividi-lo em duas partes... E agora? Bom, vou manter o ritmo, e dependendo do formato que eu escolher vender, terei que optar pelo famigerado formato de série, fazer o que, né?


Quanto ao blog, vou continuar postando algumas novidades e vez ou outra algum conto (mas pelo último, percebi que aqui é um saco afastar o parágrafo da margem, terei que melhorar isso).

Recepção em Marte


Em 2086 a população da Terra passou por grandes mudanças. Marte consolidou-se como destino de migração interplanetária, devido ao sucesso de anos de planejamento e execução em terraformação e habitação. Originalmente criado como um pano de fundo para exilar a exorbitante população de baixa renda, o projeto teve sua essência modificada, pois durante as décadas de adequação marciana, o planeta mãe também sofreu mudanças.

Agressões climáticas de proporções continentais, aparecimento de doenças e instabilidade ambiental fizeram com que a população rica da Terra ganhasse a prioridade nos planos de migração.

-Olha só o tipinho daquele garçom – disse Katherine, uma loira alta, de gosto refinado e atitude áspera. A amiga olhou para o que ela havia apontado, e riu de um empregado do bar, que visivelmente ainda estava se acostumando ao serviço.

-Ainda bem que mês que vem já estou indo embora dessa pocilga. A América já não é a mesma, desde que esses chimpanzés começaram a invadir... Veja só, eles são burros demais para aprender a falar inglês, e já estão a tanto tempo aqui que não devem se lembrar do espanhol .

Katherine fazia parte da primeira viagem oficial de transferência populacional. “Quem chega primeiro, tem sempre mais direitos” pensava ela. Seu pai, político influente do estado da Califórnia, não teve problemas em coloca-la na lista dos 500 que tinham seu lugar garantido na viagem.

Os quatro meses de viagem foram muito bem aproveitados, regados à festa e atrações temáticas. Katherine ficou encantada com a experiência, mal podia esperar para chegar a Marte, a terra sem os males da Terra. A chegada surpreendeu até os mais otimistas. O lugar era lindo como o céu vermelho, a cidade muito limpa e organizada, reflexo de um planejamento eficaz. Mas, para Katherine, algo de errado havia com as pessoas. Achou graça da pele alaranjada delas, mas o que a intrigava era a atitude, tinham um olhar de desconfiança.

Quando conheceu a casa a qual tinha sido designada, logo foi abordada pelo vizinho, Stewart. Ele não tinha nascido em Marte, fazia parte do grupo de engenheiros da prefeitura e sua pele ainda era branca, estava morando no planeta vermelho fazia apenas um ano. Um homem esquisito, parecia constantemente assustado. Falou para ela tomar cuidado e se unir a ele, deviam tomar providências, já que ali eram minoria.

Ela não deu ouvidos e tratou de expulsá-lo de casa. Nos dias seguintes, ela entendeu o rapaz. Crianças laranjas viviam jogando pedras na janela, chamando-a de nomes. A polícia fazia pouco caso, dizendo que era apenas brincadeira de crianças e que ela não devia ligar para isso. O descaso era claro como água.

Com o passar dos dias, só piorou. Os adultos também a tratavam com desprezo. Apesar de não ter feito nada de errado, ela era indesejada ali. As pessoas que haviam construído o lugar firmaram suas raízes e não estavam abertos para receber forasteiros. Depressiva e sem amigos naquela gigante cidade alienígena, ela dedicou seus dias a navegar na internet, em sites terráqueos apenas, enquanto esperava uma nova leva de migrantes. A chegada da próxima nave estava marcada: julho de 2088.


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Livros mais baratos... OU NÃO?

Olha só, achei um site de compra coletiva dedicado a livros. Lá fui eu conferir se o site valia ser adicionado aos favoritos, ou se apenas vendia autoajuda e livros para concursos. Entro no site e a primeira promoção que vejo é de uma cinta modeladora de abdomen para homens, MAS QUE BELEZA.

Depois de uma pesquisa rápida, notei que realmente o site só vende os livros técnicos ou utensílios de beleza. O jeito é manter olho nos sebos online mesmo.


Já que falei (mal) do site, vou postar o link assim mesmo:

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O desânimo e a volta por cima

Estou meio desanimado agora. Faculdade tá acumulando, vou ter 2 provas num dia só e em campus diferentes, preciso me organizar para o lançamento de uma antologia que estou participando, e ainda tenho que começar a escrever um novo livro.
A ideia do livro já não é novidade para mim, há uns meses que venho organizando na cabeça, mas agora que chegou a hora de pôr a mão na massa, bate essa incerteza. Fico entre começar a escrever e adiantar a matéria da faculdade, termino que não faço nem um nem outro.
Estou também pensando em procurar parcerias para o blog. Embora esse não seja exclusivamente literário, vou postar coisas pessoais, tenho que escolher bem as parcerias.
Por enquanto é só isso, vou ver se começo a escrever aqui, até mais.

domingo, 23 de outubro de 2011

A reação presente e a reação futura

Ele chegou o mais rápido que pôde. Até ultrapassou alguns sinais fechados, mas só depois de ter certeza que não morreria nessa imprudência. Quando chegou a casa, seu vizinho Gilberto já estava na calçada, afoito.

- Eu ia ligar pra ambulância também, mas sua mãe falou que você estava aqui perto...

Ele sai do carro correndo, não tirou nem a chave. Os dois entraram e lá estavam as duas caídas no chão. A esposa, desacordada, de bruços no tapete e a mãe dele, meio torta, desmaiou quando estava apoiada numa cadeira de madeira. Não chegou nem a cair, foi deslizando devagar até parar no chão, meio desengonçada.

Na porta do hospital, os enfermeiros levaram as duas, e ele ficou preenchendo papéis. Percebeu que a mão tremia, a caneta não parava quieta. Esperou, esperou. Sentiu vontade de fumar um cigarro, mas era proibido lá dentro. E também não tinha nenhum cigarro, afinal de contas nem era fumante. A mãe dele tinha problema respiratório, já não lembrava de muita coisa, sofria com osteoporose... Tomava quatro comprimidos por dia. Até que não estava tão mal. E a esposa? Nunca apresentou problemas de saúde, um desmaio repentino é para se preocupar.

O médico finalmente o chama. A mãe faleceu. Ele chorou, e depois pensou. E continuou chorando. Um tempo depois, foi chamado para o quarto onde estava a esposa. Ele passou no banheiro antes, para lavar o rosto e se recompor. Quando chegou ao quarto, ela estava bem. Não parecia ótima porque ninguém fica ótimo numa cama de hospital.

- Você vai ser pai – ela disse chorando de felicidade.

Pessoas diferentes pensam diferente, e principalmente, lembram diferente. Alguém pode lembrar-se deste dia com dificuldade, como sendo o dia em que recebeu a melhor notícia da vida, e que sua mãe finalmente conseguiu o descanso merecido, após uma vida dura e satisfeita. Outra pessoa lembraria esse dia fortemente, cada segundo dele, pois foi o dia mais triste de todos. A notícia do filho foi uma dádiva, porém ele já havia perdido o pai; perder a mãe tão de repente, sem aviso, simplesmente ele perdeu a única chance de dizer tudo que gostaria. Será que era a única mesmo? Foi um dia muito triste.

O jeito que você age, as coisas que fala, daqui a vinte anos vai se lembrar com saudade e satisfação, ou com pesar e arrependimento? Ainda é tempo de escolher como você vai se sentir no futuro, pois no presente, não dá para controlar. Sobra apenas a dúvida de qual notícia pesa mais.

sábado, 15 de outubro de 2011

Me rendo ao blog

Usarei esse espaço para escrever contos e crônicas.

Caso tudo corra como eu planejar, logo estarei escrevendo uma série de contos chamada "Guerra Pessoal em Território Alheio".

Só isso mesmo.